quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sancionada lei que viabiliza cota de 50% em universidades federais


presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quarta-feira (29), a lei que destina 50% das vagas em universidades federais para estudantes que freqüentaram durante toda sua jornada escolar as escolas públicas.
Vigorando esta lei, metade das vagas que vierem a ser oportunizadas terão de estar em caráter de ampla concorrência, uma vez que a outra metade será reservada por critério de cor, modalidade de ensino e renda familiar. As universidades vão ter o prazo de  quatro anos para se adaptarem à esta nova lei.

Hoje no país não existem cotas sociais em 27 das 59 universidades federais. Além disso, apenas 25 respeitam o sistema reserva de vagas ou de bonificação para estudantes, caracterizados como negros, pardos e indígenas.

Esta cota racial será diferente a cada universidade ou instituto da rede federal. Alunos negros, pardos e índios vão ter o número de vagas reservadas definido conforme proporção da população apontada no censo do IBGE do ano de 2010 na unidade de ensino federal em que está a instituição de ensino superior.
As demais vagas reservadas serão distribuídas entre os alunos que cursaram o ensino médio em escola pública, sendo que, no mínimo, metade da cota (ou 25% do total de vagas) deverá ser destinada a estudantes que sejam oriundos de famílias com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio por pessoa.

O ministro da Educação, Fernando Haddad,  afirmou que a lei precisará de regulamentação, a qual definirá a programação de implantação das cotas nas universidades. A regulamentação está sendo discutida com conselhos de reitores e que deverá ser divulgada até o final do ano, segundo ministro.

O projeto sancionado hoje foi aprovado no Senado no dia 7 de agosto, após 13 anos de tramitação, com apenas um voto contrário – o do senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB de SP.

A presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Palácios, afirmou que a instituição estuda ir à justiça para tentar reverter a lei.

Com informações do G1 e UOL

Guilherme Ramos

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