segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ayres Britto, Presidente do STF libera retomada das obras da usina de Belo Monte

Ministério Público Federal do Pará crítica obra no rio Xingu, no sudoeste do Pará

Na noite desta segunda-feira (27), o ministro Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) apresentou a decisão liminar (provisória), onde autoriza a continuidade das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A pausa nas obras havia sido determinada no dia 14 de Agosto pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região - TRF-1.

O Ministério Público Federal (MPF) já tinha apresentado a proposta no qual afirma ser contrário ao pedido do governo federal para a retomada das obras, porém, na decisão de 14 de agosto, o desembargador do TRF-1, Souza Prudente, entendeu que os povos indígenas da região teriam que ser consultados sobre a construção da usina.

Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) ofereceu recurso ao STF, onde afirmou que a paralisação da obra causaria danos à economia brasileira e à política energética do país. Ayres Britto então cedeu à liminar pedida pela AGU e afirmou, "sem prejuízo maiores a análise quando do julgamento do mérito (inteiro teor do pedido)".

Sem prazo para o plenário analisar o pedido, e visto que o Supremo está se reunindo para julgamento do processo do mensalão e não vai julgar outros casos até o término da ação, há possibilidade de o MPF do Pará, autor da ação inicial, entre com um agravo para suspender a decisão que autorizou a retomada da obra.

Sobre o caso

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo estipulado de R$ 25 bilhões.

O projeto tem grande pressão de ambientalistas, que consideram que a obra traria grandes consequências para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos.

A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que afirma que as indenizações apresentadas para os afetados pela construção não estão sendo feitas de forma devida, o que poderia gerar um problema social na região do Xingu.

Jéssica Oliveira
Fonte G1



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