Nesta terça-feira (23), a FDA, agência que controla a comercialização de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, anunciou que vai investigar se cinco mortes que ocorreram no país podem estar relacionadas ao consumo de bebida energética.
O órgão decidiu abrir o inquérito após receber a denúncia de uma mãe que teve sua filha morta no dia 23 de dezembro do ano passado, após sofrer uma arritmia cardíaca. A garota Anais Fournier, de 14 anos, assistia um filme na TV quando sofreu uma parada cardíaca, chegou levada ao hospital inconsciente, mas morreu, segundo a autópsia, pelo excesso de cafeína no organismo que impediu seu coração de bombear sangue.
Os pais da garota tentam provar que a morte da filha pode ter sido ocasionada por beber em um período de 24 horas, duas latas grandes de 24-oz (cerca de 750 mililitros) que contêm cerca de 240 miligramas de cafeína cada - ou sete vezes mais a quantidade de estimulante da lata de 350 mililitros de refrigerante de cola. A bebida seria a Monster Energy Drink, que responde por mais de 30% do mercado e só fica atrás da Red Bull nos Estados Unidos.
Além da investigação da agência, a Monster Beverage também está sendo processada pela família de Anais. Um porta-voz da empresa disse que seus produtos eram seguros e que a marca desconhecia qualquer fatalidade causada por suas bebidas.
Opinião
“Com cores brilhantes e nomes sugestivos, essas bebidas atingem adolescentes sem supervisão ou prestação de contas à sociedade. Essas bebidas são armadilhas mortais para jovens, meninos e meninas em fase de desenvolvimento como a minha filha”. Essas são as palavras de Wendy Crossland, mãe da jovem Anais Fournier.
As bebidas energéticas, assim como qualquer outro produto, se usado excessivamente podem trazer danos irreversíveis ou até mesmo a morte, como no caso da adolescente dos EUA. Hoje, cada vez mais é constante a presença desse tipo de produto entre os jovens, principalmente em festas, as chamadas “baladas”, quando o energético que chama a atenção por suas embalagens coloridas são misturadas com bebidas alcoólicas, isso para “mascarar” o efeito do álcool com a euforia que a bebida proporciona, dando a sensação de estar menos alcoolizada.
A diversão, a sensação de poder e o “deixar de ser careta” podem fazer da sua alegria uma grande tristeza. O consumo inadequado dessa bebida pode causar convulsões, mania, derrame e morte súbita. Pense nisso.
Com informações do UOL Notícias
Nathan Francisco
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