quinta-feira, 12 de abril de 2012

Afinal, todo tipo de aborto é mesmo crime?


Teve início ontem (11), o julgamento da ação que pede a descriminalização de aborto de anencéfalos (fetos sem cérebros), no Supremo Tribunal Federal (STF).  A discussão se estendeu por todo o dia e terá continuação nesta quinta-feira, a partir das 14h. A decisão do Supremo sobre o assunto terá que ser aplicada pelas demais instâncias da Justiça em casos semelhantes.

Há mais de oito anos, juízes e tribunais têm decidido caso a caso sobre a interrupção da gravidez e em muitos deles, concedendo os pedidos. Em outros, a ação perdeu o objeto em razão da demora, pois quando o processo chegava às mãos do juiz, o parto já havia ocorrido.

O ministro Marco Aurélio Mello é relator da ação proposta em 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, e votou a favor do aborto nos casos em que o feto tem malformação no cérebro e poucas chances de sobrevivência. Ele ainda defendeu que é inconstitucional a interpretação segundo a qual interromper a gravidez de feto anencéfalo é crime previsto no Código Penal.

A entidade pede que o Supremo interprete o Código Penal para permitir que, nesses casos, a mulher possa escolher interromper a gravidez.

Mas afinal, é crime poupar um ser humano de nascer com limitações realmente prejudiciais a si mesmo ou o crime passa a ser quando os pais desse ser humano decidem por ele?

Para muitos e um quase total de religiosos o aborto, seja ele em quais circunstancias, não faz sentido e jamais precisaria ser cometido, mas para muitos, quando se trata de situações onde uma pessoa pode nascer debilitada e já condenada a morte é considerável poupá-la de sofrer.

Seja qual for a decisão do STF hoje, e qual for a opinião de muitos e de tantos outros, existe uma minoria quase não vista ou ouvida, que não se considera contra nem a favor do aborto. Considera-se racional o suficiente e admite que um ser humano deva existir a partir do momento em que puder ser um todo, ser capaz de buscar e persistir em seus objetivos de vida, do contrario, que sentido fará para ele estar em meio a tantos e não ser capaz viver completamente.


Por Jéssica Oliveira
Informações: noticias.uol.com.br 

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